Quando pensamos na realização de projetos de software, é sempre válido aplicar técnicas e atalhos para diminuir o tempo gasto no desenvolvimento e aumentar a chance de sucesso de um projeto.
Por isso, a utilização de boilerplates pode ser um bom atalho que ajuda a alcançar tais objetivos.
Esse é o tema do nosso Blog de hoje, com redação do Ítalo, desenvolvedor aqui na nata.house. Continue a leitura e confira!
O que é um boilerplate?
Pensando do ponto de vista do desenvolvimento de software, um boilerplate é um pedaço de código que você pode utilizar como base para a construção de softwares mais complexos.
Pegando como exemplo uma aplicação frontend: ao invés de criar um repositório novo e instalar manualmente um framework e bibliotecas importantes, você poderia utilizar um boilerplate contendo o framework, tais bibliotecas e um workflow de CI/CD já instalados e configurados para iniciar o projeto (diminuindo o tempo necessário para a configuração inicial).
Aqui na nata.house, por exemplo, criamos um boilerplate em cima do create-react-app.
Além do framework React, adicionamos algumas bibliotecas muito utilizadas (como o Axios e ESLint), documentação, hooks personalizadas e uma configuração de CI/CD para testes automatizados e deploy de funcionalidades.
Fazer isso nos permitiu avançar mais rápido com as configurações de novos projetos.
Como um boilerplate pode ajudar no processo de desenvolvimento de software?
No início do período de desenvolvimento de software, antes de começar a implementação de novas funcionalidades, é preciso gastar um tempo para criar a base da aplicação e fazer a configuração dos ambientes de desenvolvimento.
É nessa etapa de configuração inicial do projeto que a utilização de um boilerplate pode ajudar bastante.
Ao invés de fazer toda a configuração manualmente (como já foi apontado), pode-se utilizar um boilerplate e diminuir o tempo de configuração inicial (e evitar de cair em problemas comuns na configuração de projetos e gastar mais tempo do que o esperado nessa etapa).
Em que situação faz sentido produzir um boilerplate próprio (para o time interno)?
Antes de sair criando boilerplates, é importante analisar se o tempo gasto para a criação e manutenção do boilerplate faz sentido para o seu contexto: criar um projeto genérico e que atenda às necessidades da sua empresa pode ser bastante trabalhoso, não só devido à parte técnica, mas também pelo tempo gasto para compreender os requisitos que devem ser atendidos pelas suas diferentes equipes/clientes.
Além disso, é importante manter o repositório atualizado, visto que as tecnologias evoluem muito rápido e problemas de segurança são corrigidos com o tempo.
No contexto de uma empresa que trabalha com a confecção de software sob medida, em que os projetos possuem estimativas rígidas de tempo e custo, reduzir o tempo inicial de configuração de repositório (e, consequentemente, aumentar o tempo para o desenvolvimento de funcionalidades) pode auxiliar para o sucesso do projeto.
Isso acontece porque o tempo gasto inicialmente para confeccionar o boilerplate ajuda a minimizar o tempo em empreitadas futuras.
Já no caso de uma startup pequena, que não costuma criar produtos novos, construir um boilerplate customizado pode ser um trabalho que não vai ajudar a reduzir o tempo gasto e custos de operação futuros.
Agora que você já sabe o que é um boilerplate, sabe como funciona e sabe quando usar, é possível entender a relevância da ferramenta e a importância de um estudo que aponta se esse trabalho adicional faz sentido para o contexto da sua empresa.
